Por Sandra Elisabeth
Vivemos hoje
no “mundo das startups”. Me parece que todos desejam ter uma startup, e as
vezes nem entendem bem o que isso significa!
Pois bem,
uma startup é uma instituição projetada para criar novos produtos ou serviços
sob condições de extrema incerteza. Seu objetivo é descobrir a coisa certa a se
criar e que o cliente estará disposto a pagar para ter (RIES, 2012).
Agora, como
saber a coisa certa a se criar? Como saber onde o cliente estará? Como
convencer o cliente a comprar seu produto? Como descobrir quanto o cliente
deseja pagar? Simples: observando o mercado e planejando as estratégias.
E por isso
devemos planejar, para que os outros não planejem antes de nós ou pior: contra
nós!
Lembrando
que o planejamento não vale apenas para quem vai começar um empreendimento, mas
também para quem já tem um negócio em andamento!
Independente
de em qual momento você esteja com seu negócio, atente-se para os principais
desafios que encontrará ao fazer o seu planejamento:
Primeiro: PERCEPÇÃO
Observe a
figura anterior. O que você vê? Um casal de idosos abraçados ou um homem tocando
violão junto com uma mulher que segura algo em sua cabeça? Se existe uma
“figura certa”? Claro que não, tudo depende da sua percepção. E é também assim com
o planejamento e a análise do ambiente em que você está inserido. O que pode
lhe parecer uma ameaça, pode ser interpretada como uma oportunidade para outro,
depende da percepção de cada um!
Segundo:
MUDANÇAS ESTRATÉGICAS
Todo mundo
sabe que as coisas têm mudado muito, muito rápido. E acompanhar estas mudanças
também é um desafio. Um exemplo muito simples é o recente caso dos Extintores
nos carros. Até final de 2015 era obrigatório ter Extintores no carro, a partir
de Janeiro de 2016 passaria ser obrigatório o Extintor tipo ABC no carro e
antes do mês de maio de 2016 já não era mais obrigatório nenhum Extintor no
carro!
E aí, alguém
conseguiria acompanhar tantas mudanças? Imaginem as fabricantes de extintores
que estavam se preparando para uma grande demanda... e agora? Bom, agora é
amargar o possível prejuízo!
E caros
leitores, isso acontece com muito mais frequência do que vocês imaginam. Esse
caso foi a público porque envolvia nós, pessoas comuns, porém existem regras
que se alteram todos os dias e as empresas precisam se preparar para as
mudanças de regras no meio do jogo!
Terceiro:
OBSTÁCULOS CULTURAIS
Além de tudo
o que já mencionamos; a cultura organizacional também pode ser um desafio a ser
enfrentado por quem está fazendo o planejamento estratégico. Isto porque, para
acompanhar as mudanças de mercado (item anterior) é necessário que se mude a
forma de fazer as coisas e infelizmente as pessoas não gostam de mudanças, como
já vimos em outros artigos.
Assim,
muitas vezes as empresas acabam fazendo sempre a mesma coisa, do mesmo jeito,
pois tem a sensação de que “em time que se está ganhando não se mexe”. A
pergunta é: está ganhando ou vivendo das vitórias do passado? Qualquer
semelhança com o que ocorre com nossa seleção brasileira hexacampeã não é
apenas mera coincidência. Ainda queremos ganhar o jogo com apenas 1 grande
jogador favorito!
Quarto:
OBSTÁCULOS ORGANIZACIONAIS
Após passar
por tantos desafios, que nem sempre estão diretamente relacionados com a
administração das empresas, muitas delas acabam criando novos obstáculos, como
por exemplo, a burocracia interna. Quantas vezes você teve uma ótima ideia para
melhorar algo e preferiu “deixar quieto” por causa da dificuldade que seria
‘contar sua ideia’ para um superior? E quantas vezes nos perguntamos: “porque
tem que ser tão complicado fazer isso?”. Pois bem, porque algumas empresas
parecem “gostar” da burocracia.
Sei que
vivemos em um país bem burocrático, porém não precisamos copiar os
procedimentos dos órgãos públicos em nossas empresas, afinal nossas empresas
são privadas e de nossa responsabilidade, porque complicar quando dá para
simplificar?
Quinto:
OBSTÁCULOS GERENCIAIS
E,
quando o mais difícil não é o mercado e nem a própria organização, é o gerente,
diretor! Quantas vezes ouvimos um ‘NÃO’, simplesmente por medo do alto escalão
em algo dar errado, e aí não fazemos nada diferente, NUNCA. Ou pior, ouvimos um
‘SIM’ para cada coisa nova que aparece no mercado e aí não conseguimos fazer
nada acontecer, porque são tantas demandas diferentes que tudo parece apenas
‘patinar’ e nada ‘anda’ de verdade.
São dois
extremos do que seria um “gerente ideal”, mas a prática diz que apesar do ideal
ser um equilíbrio entre o muito arriscado e o cuidadoso, vivemos em um mundo
dos extremos. Garanto que muitos de vocês conhecem pessoas que se enquadram nos
dois exemplos acima.
Apensar de ser difícil planejar, é necessário. Precisamos apenas tomar cuidado
e vencer os principais obstáculos que nos impedem de fazer um bom planejamento
estratégico. Vencido isso, estamos mais próximos do sucesso!