Por Sandra Elisabeth
Antes de qualquer coisa, é preciso diferenciar fornecedor
de parceiro.
De acordo com o dicionário Michaelis, fornecedor significa:
1 Que ou aquele que fornece algo.
2 Que ou aquele
que fornece produtos ou bens de consumo com regularidade a alguém.
3 Que
ou o que fornece ou produz.
Já, de acordo com o
mesmo dicionário, parceiro significa:
1 O que está em parceria por interesse comum,
geralmente em negócios; cúmplice, sócio.
No dia a dia é comum escutar que é necessário transformar o
fornecedor em parceiro, fazendo com que ele entenda o que a empresa precisa e
oferecer os produtos e serviços com a qualidade esperada, no tempo certo, etc.
Ora, o que se espera de um fornecedor é que ele atenda a
qualidade, os prazos, as normas, independente de qualquer outro fator.
E se um fornecedor é muito importante para um negócio, no
Business Model Canvas devemos inserir este fornecedor em Recursos Chaves! Mesmo
porque este fornecedor irá cobrar valores monetários do que está sendo
entregue, o que é um recurso.
O parceiro chave é aquele que ajuda o empreendedor a ganhar
dinheiro, ou seja, auxilia na ampliação do número de clientes ou ainda na
redução de custos. Se trata do network que ajuda a fazer o modelo de negócio ser
mais eficaz.
Foto de Smartworks Coworking
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Vai além das relações de “fazer”
e “comprar”; envolvendo a colaboração em atividades de promoção que podem
beneficiar ambas as partes.
Os principais motivos para uma empresa ter Parcerias são:
Os riscos de uma parceria mal feita são grandes, por isso
alguns cuidados são importantes, tais como:
- Teste de compatibilidade: as instituições que estão procurando oportunidade de se associar têm, entre si, plena compatibilidade de princípios, de valores, de cultura, de estratégias, de modus operandi, de rapidez de resposta e de porte?
- Teste de mercado: a associação pretendida aumentaria significativamente a competitividade das empresas no mercado? Ficará mais competitiva aos olhos do mercado?
- Teste da empatia: há um canal de comunicação franco, sincero, rápido, flexível e efetivo nos mais altos níveis de cada instituição, para tratamento e solução rápida e satisfatória dos problemas operacionais inevitáveis, que acabam ocorrendo em qualquer parceria duradoura?
- Teste da interdependência: a parceria vai “amarrar” pelo menos uma das partes de maneira inaceitável e constrangedora, de tal forma que ela perca totalmente sua autonomia? Ou ela ainda terá́ condições de continuar operando, com certo grau de independência, ao menos em algumas áreas combinadas? Nesse caso, a redução natural dos graus de liberdade provocados pela associação está explicita e é aceita formalmente por ambos os pretendentes?
Para operar em rede ou em parceria é necessário buscar as
melhores em suas respectivas classes; manter o foco nas competências básicas de
cada uma e operar como se fosse uma seleção olímpica.
Foto Klara Kulikova
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Lembrando que:
- A rede deve ser mais forte e mais competitiva do que a simples soma dos resultados das ações de cada instituição individualmente (sinergia positiva);
- É preciso cooperar dentro da rede para poder competir externamente;
- As redes precisam ser administradas adequadamente para tratamento de eventuais dificuldades operacionais que inevitavelmente surgem no dia-a-dia.
Esse “algo mais” que se obtém
pelo resultado de ações combinadas é chamado de sinergia positiva. Porém
vale dizer, desde já́, que o tal “algo mais” pode, em determinadas situações,
tornar-se “algo menos”, que, nesse caso, é chamada de sinergia negativa.
Um parceiro é aquele que acrescenta valor em sua empresa ou
negócio! Ambos irão ganhar algo com a aproximação.
Por exemplo, nos modelos de negócios B2B indicamos como
parceiros importantes as entidades de classe, como FIESP, CIESP e Associações
Comerciais, pois englobam uma grande quantidade de outros empresários e
negócios que podem auxiliar no crescimento do empreendimento.
A pergunta principal que se reponde no quadrante dos Parceiros
Chaves é: “Quem são nossos parceiros e provedores fundamentais?”. Com isto
respondido finalizamos o oitavo passo de preenchimento do Business Model
Canvas.