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Criando na crise: inovação em negócios

Por Sandra Elisabeth

Frequentemente ouvimos falar sobre INOVAÇÃO. Cada um de nós tem a sua própria visão e o seu próprio conceito sobre este assunto!

Uns irão dizer que a Apple, o Google é que são empresas inovadoras, porque vivem criando produtos e serviços novos, como o Iphone ou o Google Glass. Não estão errados, pois são empresas que investem em Inovação Radical, ou seja, quebram os paradigmas dos produtos já existentes.

Outros vão dizer que inovação mesmo, faz as empresas que mudaram seus processos de negócios e investiram em máquinas e equipamentos mais modernos. Também estão certos, são as empresas que inovam em seu modelo de negócio, ou seja, passam a fabricar seus produtos (que continuam os mesmos) de forma diferente e inovadora.

Há ainda as empresas que apenas melhoram seus produtos já existentes, ou seja, realizam as inovações incrementais; que são mais fáceis e relativamente baratas de se fazer!

Tudo isto é sim inovação!

 Porém, faltou um personagem importantíssimo em tudo isso: O CLIENTE! Sim, o cliente interfere diretamente no processo de inovação das empresas. É ele quem dirá que tipo de inovação sua empresa deve fazer, quando ela deve fazer e o que efetivamente se espera desta inovação.

A justificativa para isto é muito simples: é o cliente que compra e paga por seu produto! Logo se você desenvolver, criar ou inovar em algo que não agrega nada para seu cliente, você só jogou dinheiro fora!

De patentes e invenções o Brasil está cheio; porém quantos deles efetivamente ganham dinheiro com o que criaram?

E não se engane, não é a quantia de dinheiro que você tem em caixa que irá lhe mostrar com certeza o que vai dar certo. Um exemplo disto é o Pneu Luminoso criado pela Goodyear em 1961. Alguém aí já viu um pneu destes rodando?!

Para não criar um “pneu luminoso” é necessário ouvir o que o cliente PRECISA e saber QUANTO ele estará disposto a pagar.

É; novamente estamos discutindo o que o CLIENTE PRECISA x o que O CLIENTE QUER! Já dei este exemplo em outros momentos, porém ele exemplifica bem esta diferença: “Ford dizia que se ele tivesse perguntado o que os clientes QUERIAM eles diriam um ‘cavalo mais rápido’ e nunca diriam um carro”! Neste exemplo os clientes QUEREM um cavalo mais rápido; porém PRECISAM se locomover mais rápido!

Sendo assim, não podemos ficar imaginando o que os clientes esperam de novidade e sair fazendo! O melhor é ter certeza do que eles precisam. Uma boa forma de se descobrir isto é usando a ferramenta Lean Startup.

Com ela é possível construir um produto mínimo viável e medir o feedback dos clientes. Após a confirmação destes, aí sim, investir e desenvolver coisas novas – que serão na medida do esperado por quem vai pagar a conta: SEU CLIENTE!


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