Por Sandra Elisabeth
No último final de semana de outubro, a presidente Dilma foi reeleita por pouco mais da metade da população brasileira.
Se olharmos no mapa dos estados, “parece” que ela foi eleita apenas pelo Norte e Nordeste do Brasil; digo “parece”, pois nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste a presidente reeleita teve votos, assim como seu adversário teve votos no Norte e Nordeste.
Pois bem, passado o susto de uns ou a alegria de outros, é hora de voltar ao trabalho, olhar para frente e decidir: o que fazer agora?
Alguns empreendedores que encontrei me disseram que vão embora do país, que irão empreender em países da Europa que atualmente oferecem subsídios para empreendedores do mundo todo que desejem empreender fora de sua terra natal, é o que a Inglaterra fez por muito tempo, e o que Portugal está fazendo agora, só para deixar alguns exemplos.
Por outro lado, temos outros jovens apostando em grandes oportunidades, enxergando o “copo meio cheio” na situação econômica e social do país.
Estão surgindo muitos negócios envolvendo segurança de dados e informações, sistemas de controle e de gerenciamento à distância; produtos que substituem outros que deixaram de atender alguma nova norma; enfim à muito espaço ainda para os empreendedores.
Mas, um ponto precisa ficar claro: os investimentos anjo provavelmente irão diminuir, principalmente por causa dos juros altos atuais; explico: hoje é mais rentável aplicar o dinheiro no mercado financeiro que em empreendimentos, ideias ou negócios; sem contar que o risco do mercado financeiro (dependendo da aplicação) é mais baixo que o de investir em uma Startup.
Assim, hoje mais do que nunca os empreendedores estão “por conta própria” quando o quesito é dinheiro; por outro lado, há muito mais incentivo e apoio aos empreendedores hoje do que há anos atrás.
Além das já conhecidas entidades, temos ainda um maior número de incubadoras e as recém chegadas aceleradoras que auxiliam as pessoas a tirarem suas ideias do papel e transformá-las em realidade.
Muitos estão se perguntando hoje: porque empreender se muitos empresários estão fechado suas empresas ainda este ano? Respondo: porque o empreendedorismo será a profissão do futuro.
Na verdade, esta já é realidade em nosso país: hoje no Brasil mais de 95% das empresas são de micro, pequeno e médio porte; apenas pouco mais de 4% são grandes empresas. No nosso país não existem muitos “grandes empresários”, a maioria nós já vimos na capa das revistas de negócios, não porque são famosos, mas porque são poucos.
O discurso que os “grandes empresários” isso; os “grandes empresários” aquilo… cuidado: as grandes mudanças nas regras de mercado foram movidas por empresas, de 20 à 30 funcionários, que se juntaram, foram as ruas e fizeram a diferença.
Portanto, sempre é hora de empreender. As oportunidades estão por toda a parte. Basta se preparar com conhecimento de mercado e seguir sempre em frente. Afinal, o tempo não para!
Sandra Elisabeth é articuladora e mentora da Sýndreams Aceleradora; co-fundadora do GBG-Americana; membro do grupo de pesquisa GIG'S (Grupo de Inovação e Gestão em Saúde); mentora do Lean Startup Machine São Paulo; professora universitária e palestrante.